RESUMO
O crescente número de espécies de serpentes ameaçadas de extinção, estudos sobre suas toxinas, entre outros motivos, tornam a reprodução em cativeiro desses animais muito importante. Todavia, a ausência de cópulas ou problemas com a concepção são questões que dificultam a reprodução em cativeiro. A reprodução assistida em serpentes pode ser uma importante ferramenta para modificar essa realidade. Sêmen foi obtido pela primeira vez em serpentes pela compressão do terço final do corpo do animal, no entanto é comum a contaminação das amostras por fezes e urato. Em geral, os relatos da coleta de sêmen consistem na realização de massagens digitais ventrais no terço final do animal e posterior coleta utilizando-se uma seringa na região da cloaca. Poucas publicações contemplam a avaliação, o resfriamento ou a congelação de sêmen em serpentes. Meios de cultura de células como M199 e Ham’s F 10, diluidores como Test-gema, à base de leite ou água de coco, são alguns dos exemplos citados na literatura, porém seu uso ainda apresenta limitações e grande variabilidade nos resultados. Até o momento, não existe um protocolo eficiente para a congelação do sêmen em serpentes. A inseminação artificial utilizando sêmen fresco ou resfriado está descrita em poucas espécies de serpentes, com poucos resultados satisfatórios. Assim, a biotecnologia na reprodução de serpentes, apesar de ainda ser pouco utilizada, pode ser uma ferramenta muito importante para conservação dessas espécies em cativeiro.
Palavras-chave: criopreservação de sêmen, inseminação artificial, serpentes.
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